Como escolher uma cinta ortopédica

Há vários tipos de cintas ortopédicas:

• Cintas para dar apoio às vértebras lombares;
• Cintas para a região toracolombar (vértebras lombares e torácicas);
• Cintas para a região sacroilíaca (articulações entre os ossos pélvicos e o sacro);
• Cintas para a região abdominal (principalmente para mulheres grávidas).

O nível de rigidez do dispositivo varia em função do tipo de cinta:

• Cintas flexíveis: as órteses de coluna flexíveis são as que apresentam o mais baixo nível de apoio. No entanto, são muito práticas no caso de uma pequena lesão, pois deixam grande liberdade de movimentos.
• Cintas semirrígidas: trata‑se de uma solução intermediária. As cintas semirrígidas oferecem maior conforto ao usuário do que os modelos rígidos, designadamente porque não limitam a amplitude de movimentos, mas incorporam elementos de apoio, como faixas ajustáveis e/ou hastes. Proporcionam, portanto, maior estabilidade do que as cintas flexíveis, sendo indicadas para dores leves a moderadas nas costas. 
• Cintas rígidas: patologias como lombalgias relativamente graves e a imobilização pós-operatória por vezes exigem um suporte mais firme. Nesses casos, as mais indicadas são as órteses rígidas, que possuem hastes de plástico rígido ou de metal para garantir máxima estabilidade. Contudo, esses elementos rígidos restringem bastante a amplitude de movimentos.

Cinta lombar semirrígida da Otto Bock

Ao escolher uma cinta ortopédica, é importante ter em conta vários fatores, como a região da coluna a que se destina, o grau de rigidez da órtese, o seu tamanho, o nível de conforto que oferece e os materiais utilizados no seu revestimento.

• Região da coluna vertebral: convém seguir as recomendações de um médico ou de um fisioterapeuta para se assegurar de que opta pelo tipo de cinta adequado à região da coluna que deve ser imobilizada (mais informações na secção anterior).
• Nível de suporte e de rigidez: as cintas ortopédicas podem ser flexíveis, semirrígidas ou rígidas (mais informações na secção anterior).
• Tamanho: a maioria das cintas à venda é de tamanho único, mas algumas possuem faixas ou cordões que permitem um ajuste adequado. Contudo, quem procurar uma cinta que se adapte perfeitamente ao corpo também tem a possibilidade de encomendar um modelo confeccionado sob medida.
• Conforto: as cintas ortopédicas devem ser confortáveis, fáceis de colocar e de ajustar.
• Materiais utilizados no revestimento: as cintas ortopédicas são, na sua maioria, confeccionadas em algodão, poliéster ou neoprene. A escolha do material é importante, em especial do material do revestimento que fica em contato com a pele (consulte a última secção deste guia).

Cinta de apoio sacroilíaco da Bort

Além dos critérios principais acima mencionados, há uma série de outros aspectos que importa levar em consideração:

• Durabilidade e lavagem: as cintas que podem ser lavadas na máquina são mais práticas. Já as que têm velcro podem durar menos tempo. Relativamente aos modelos elásticos, com o uso, é provável que percam elasticidade ao fim de algum tempo.
• Cor: dependendo das marcas, é possível encontrar cintas de diferentes cores, como preto, branco, cinza ou ainda bege, se preferir uma peça mais discreta.
• Preço: as cintas ortopédicas custam entre 50 e 100 euros, em média. Alguns modelos de alta qualidade, com características que facilitam o ajuste perfeito ao corpo da pessoa, podem custar até 150 ou 200 euros.
• Uso: a escolha de uma cinta ortopédica para lesões de menor gravidade também depende do tipo de atividades que pretende realizar quando está usando o dispositivo, como, por exemplo, jardinagem, esporte ou outras atividades de lazer.

Cinta toracolombar rígida da Bauerfeind

Ao escolher uma cinta ortopédica, tem vários materiais à escolha, como algodão, poliéster, raiom e lã. Indicamos, de seguida, as vantagens e desvantagens de cada um.

• Algodão:
  • Vantagens: é um material biodegradável, natural, resistente, hipoalergênico, confortável e respirável.
  • Desvantagens: o algodão é mais caro do que outros materiais e a sua produção requer muita água.
• Poliéster:
  • Vantagens: o poliéster tem um preço bastante acessível e é confortável.
  • Desvantagens: não é biodegradável e pode sofrer alterações quando exposto a variações de temperatura.

• Raiom (ou rayon)/Viscose:
  • Vantagens: é um material confortável, econômico e que resiste bem ao contato com tinturas.
  • Desvantagens: é potencialmente perigoso para a saúde devido aos produtos químicos adicionados e não é durável.

• Lã:
  • Vantagens: a lã é um material biodegradável, natural e durável.
  • Desvantagens: não é hipoalergênica e, portanto, há o risco de provocar reações alérgicas. Também pode levantar questões éticas no que diz respeito ao bem‑estar animal.

Cinta abdominal da WingMED