Como escolher um elevador de transferência

Quando se escolhe um elevador de transferência, é importante levar em consideração diversos fatores, como a capacidade do equipamento, a altura de elevação, a configuração/instalação pretendida, o tipo de acionamento e o local onde será utilizado.

• Capacidade (peso máximo suportado): convém ter em atenção a constituição física e o peso do paciente, em particular no caso de pessoas obesas. Os cestos de transferência, ou seletes, estão disponíveis em diferentes tamanhos, formatos e materiais. Certos modelos de teto com motor suportam até 250 kg, sendo adequados para pessoas obesas.
• Altura de elevação/alcance máximo: também é preciso levar em conta as dimensões da estrutura de suporte, de elevação e de movimentação do equipamento, bem como o seu alcance máximo, tendo em conta as necessidades, o grau de mobilidade e a patologia do paciente.
• Configuração/instalação: os guinchos para elevação de pacientes estão disponíveis em três configurações principais, a saber, com rodízios, de parede e de teto.
  • Elevadores de transferência com rodízios: como nos restantes elevadores, o paciente é colocado no cesto de transferência, que suporta o seu peso corporal e que, em muitos casos, inclui um apoio para a cabeça. O cesto de transferência fica suspenso de uma barra de elevação por meio de alças. O acionamento do elevador faz-se por controle remoto. Os guinchos elevadores com rodízios são os mais usados por oferecerem uma solução muito prática. Existem modelos dobráveis, que podem ser guardados em pequenos espaços pequenos e transportados mais facilmente.
  • Elevadores de transferência de parede: possuem uma lança ou braço de elevação com giro horizontal para içar e mover o paciente para a direita e para a esquerda. São também equipados com um cesto de transferência e alças ajustáveis. Proporcionam um bom nível de segurança e conforto, com a vantagem de não ocuparem espaço no chão. Contudo, é indispensável assegurar‑se de que a parede onde será montado pode suportar o peso do equipamento e do paciente. Se tal não for o caso, é possível reforçar a parede para que a instalação seja segura.
  • Elevadores de transferência de teto, ou gruas de teto: são também equipados com um cesto que fica suspenso do teto, deixando livre todo o espaço no chão. Oferecem mais possibilidades de movimento do que os modelos anteriores, pois consistem em um motor que se desloca em sistemas de trilhos fixados no teto. É possível adaptar a quantidade e a disposição dos trilhos às necessidades específicas, de modo a alcançar diferentes partes do espaço. Esses modelos são ideais para uso autônomo pelo próprio paciente em casa.
• Acionamento: há três tipos principais de acionamento:
  • Elétrico;
  • A bateria;
  • Manual.
• Local de utilização: é importante levar em consideração o local onde se pretende instalar e usar o elevador, pois há modelos mais adequados para hospitais, para uso domiciliar, para piscinas, etc.

Elevador de transferência de teto da Hill‑Rom

Além dos fatores mais importantes que mencionamos acima, há alguns outros que merecem a nossa atenção, como a autonomia da bateria, as dimensões e o peso do equipamento, bem como os seus custos.

• Autonomia da bateria (modelos com bateria recarregável): se optar por um elevador de transferência a bateria, convém que esta tenha uma autonomia significativa, a fim de reduzir a necessidade de operação manual.
• Dimensões e peso do equipamento: assegure-se de que escolhe um elevador de transferência com dimensões e peso adequados ao local de instalação e utilização. Também é importante optar por um equipamento que seja fácil de usar para os cuidadores e/ou para os profissionais de saúde que irão movimentar a pessoa. Tenha em conta que os elevadores maiores são, geralmente, mais difíceis de manusear.
• Preço de compra/aluguel: em certos países, se o elevador de transferência for prescrito por um médico, o sistema de saúde poderá reembolsar as despesas com a compra do equipamento.

Elevador de transferência de parede da Handi‑move

Alguns modelos dispõem de opções bastante práticas, como, por exemplo:

• Motor de elevação rápida e/ou a velocidade constante;
• Sistema de dois motores (para elevar e inclinar o paciente);
• Controles auxiliares;
• Parada de emergência;
• Balança;
• Estrutura dobrável.

Elevador para piscina da Handi-move

Alugar ou comprar? A questão pode colocar‑se. A decisão depende principalmente de dois critérios: do custo de cada opção e do período de utilização.

• Custo:
  • Aluguel de elevador de transferência: há que prever entre 15 e 20 euros por semana.
  • Compra de elevador de transferência: o equipamento custa entre 650 e 1.400 euros, dependendo do modelo e das opções disponíveis. A esse valor, terá de acrescentar o preço de um cesto universal, que varia entre 60 a 145 euros. Salientamos que os elevadores de transferência de teto, que têm um motor e podem ser utilizados autonomamente pelos pacientes, são mais caros, exigindo um investimento entre 2.000 e 4.500 euros.
• Período de utilização: se prevê que o elevador será necessário durante um período de tempo relativamente longo, é preferível optar pela compra do equipamento.

Elevador de transferência com rodízios da Invacare