Como escolher um fotóforo cirúrgico

O fotóforo cirúrgico é um foco de luz frontal, similar a uma lanterna de cabeça, usado por profissionais de saúde durante as cirurgias. Os fotóforos também são bastante utilizados em otorrinolaringologia e, por vezes, em clínica geral. Fornecem uma iluminação suplementar e localizada, especialmente adequada para cavidades, constituindo uma alternativa prática às lanternas tipo caneta, pois o profissional fica com as duas mãos livres para realizar o procedimento.

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  • Quais os diferentes tipos de fotóforos?

    Um fotóforo tem três componentes principais: a fonte de alimentação (por exemplo, pilhas ou bateria), o circuito impresso (que regula a intensidade de iluminação) e a fonte de luz (lâmpada de xênon, LED, etc.).

    Os fotóforos podem ser divididos por tipo de alimentação:

    • a pilhas
    • a bateria
    • híbridos

    A vantagem dos fotóforos a pilhas é que as pilhas são fáceis de encontrar em praticamente qualquer loja (tipos AA e AAA) e podem ser rapidamente substituídas. Além disso, certas pilhas de melhor qualidade oferecem até 200 horas de autonomia.

    No caso dos fotóforos com bateria recarregável, é possível carregá‑los assim que a bateria começar a ficar fraca e não é necessário ter um estoque de pilhas sempre à disposição. Quer funcionem com baterias convencionais ou de lítio, estes focos frontais oferecem maior intensidade de iluminação do que os modelos a pilhas. Contudo, se for preciso trocar a bateria de lítio ou comprar um novo carregador, poderá não ser fácil encontrar um modelo compatível à venda.

    Fotóforo cirúrgico com bateria recarregável da Isolux

    Os fotóforos híbridos reúnem as vantagens dos dois tipos de dispositivos anteriores. Têm uma bateria interna e, quando esta está descarregada, podem funcionar a pilhas.

  • Quais os principais critérios de escolha de um fotóforo?

    Há vários fatores que importa ter em conta na hora de comprar um fotóforo, como a intensidade de iluminação, a qualidade da luz, o tipo de bateria e o nível de conforto que oferece.

    • Fonte de luz: hoje em dia, os fotóforos de LED são os mais comuns, embora também existam focos com lâmpada de xênon ou de halogênio. As fontes de LED têm a vantagem de apresentar maior eficiência luminosa, o que significa que consomem menos energia. Destacam‑se, ainda, pela sua alta resistência e durabilidade, tendo uma vida útil que pode chegar a dezenas de milhares de horas. Além disso, os LED geram menos calor do que as lâmpadas halógenas e de xênon, não causando dessecação dos tecidos.
    • Intensidade de iluminação: também conhecida como iluminância, trata‑se da quantidade de luz que incide em uma determinada área da superfície. É medida em lux (lx). Os vários tipos de focos cirúrgicos têm de oferecer uma iluminância elevada, pois as salas de operações requerem um nível de iluminação mais alto do que a maioria dos outros ambientes, nomeadamente devido à absorção de luz pelo sangue. Por esse motivo, a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC – International Electrotechnical Commission) estabelece que os dispositivos de iluminação cirúrgica devem fornecer entre 40.000 e 160.000 lux.
    • Qualidade da iluminação: a qualidade da iluminação de um fotóforo tem como referência as características da luz solar e deve permitir simular o mais fielmente possível um ambiente iluminado com a luz do dia. Nesse sentido, a IEC estabelece os requisitos relativos à temperatura da cor e ao índice de reprodução de cores (IRC). A temperatura de cor deve situar‑se entre 3.000 e 6.700 graus Kelvin (sendo 5.800 K a referência para a luz do sol) e o índice de reprodução de cores entre 85 e 100 Ra (sendo 100 Ra o valor máximo da escala, correspondente à reprodução e percepção das cores com a luz natural do dia).
    • Autonomia: este é um critério crucial para a escolha de um fotóforo. A fonte de alimentação do foco deverá garantir uma autonomia suficiente para o tipo de procedimentos que serão realizados. Por exemplo, uma cirurgia é geralmente mais demorada do que um exame de otorrinolaringologia, exigindo assim dispositivos com mais tempo de autonomia.
    • Tipo de bateria: no que diz respeito aos fotóforos com bateria recarregável, salienta‑se que as baterias de lítio são mais eficientes do que as de chumbo‑ácido. Além disso, têm maior vida útil e carregam mais rapidamente.
    • Nível de conforto: é aconselhável optar por um fotóforo leve, para evitar fadiga na cabeça, ombros e pescoço, com ajustes que permitam ao médico trabalhar confortavelmente e manter‑se totalmente concentrado no procedimento.
  • Quais as vantagens e desvantagens do uso de fotóforos cirúrgicos?

    Além dos fotóforos, há dois tipos de dispositivos de iluminação cirúrgica: os focos cirúrgicos e os focos de luz para pequenas cirurgias.

    Vantagens:

    Os fotóforos têm a vantagem de permitir focar a luz diretamente no campo cirúrgico, reduzindo o risco de sombras. Quando se utiliza um dos outros dois tipos de iluminação, há mais probabilidades de que a cabeça ou as mãos do cirurgião possam bloquear o feixe de luz, e essas probabilidades aumentam quanto maior for o número de profissionais de saúde que intervém na cirurgia. 

    Além disso, como são pequenos e ficam presos à cabeça, os fotóforos oferecem aos cirurgiões total liberdade de movimentos, incluindo a possibilidade de ajustarem a direção da luz para uma área precisa sem terem de usar as mãos.

    Existem, ainda, fotóforos para lupas binoculares. Em conjunto, garantem a perfeita sincronização entre a iluminação e o aumento de uma área específica do campo cirúrgico.

    Fotóforo para lupa binocular da ESC

    Desvantagem:

    O uso de fotóforos em um ambiente escuro pode criar demasiado contraste e causar fadiga ocular. Por essa razão, os focos frontais são usados em simultâneo com outros tipos de iluminação, como luminárias de teto ou focos cirúrgicos.

  • Quanto custa um fotóforo?

    O preço médio de um fotóforo cirúrgico é de 1.160 euros.

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