Como escolher uma cabine de telemedicina

As cabines de telemedicina são normalmente instaladas em locais públicos de fácil acesso. Trata‑se de um compartimento fechado e insonorizado, com um assento para o paciente se sentar em frente de um ecrã e falar com um médico. O paciente e o médico podem ver‑se e ouvir‑se um ao outro. As cabines estão, também, equipadas com vários aparelhos de diagnóstico conectados e de utilização simples, que vão permitir ao médico obter os dados necessários para a consulta à distância. Muitas cabines têm uma impressora, para que o paciente possa imprimir receitas ou o resultado da avaliação efetuada pelo médico, por exemplo.

Como é realizada a teleconsulta numa cabine
O médico e o paciente comunicam por vídeo. Seguindo as instruções do médico, o paciente efetua a medição dos seus sinais vitais (por exemplo, temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial). Em certos casos, este pode ser auxiliado no local por um outro profissional da área da saúde, como um farmacêutico, um auxiliar de enfermagem ou um enfermeiro. Os resultados são transmitidos ao médico através de uma interface segura. Aquele pode, então, estabelecer um diagnóstico e enviar a sua avaliação ao paciente, bem como uma receita médica, se necessário.

Cabine de telemedicina da marca CSI

Cabine de telemedicina da marca H4D

Ao escolher uma cabine de telemedicina, há vários fatores a ter em conta, nomeadamente a facilidade de acesso à mesma, os equipamentos que contém, a facilidade de utilização desses equipamentos, a facilidade de manutenção da cabine, assim como a sua insonorização e ventilação.

• Acessibilidade da cabine: a cabine deve ser de fácil acesso e ter espaço suficiente para, pelo menos, duas pessoas (em caso de apoio por um profissional da área da saúde, por exemplo), incluindo para uma cadeira de rodas, a fim de garantir o acesso a pessoas com mobilidade reduzida.
• Equipamentos disponíveis: a cabine deve ter os equipamentos necessários para efetuar a maioria dos exames mais frequentes, como um aparelho para medir a tensão arterial, um termómetro, um estetoscópio, um otoscópio, uma balança, um dermatoscópio, um oxímetro e um espirómetro.
• Facilidade de utilização dos equipamentos: estes equipamentos devem ser tão intuitivos e ergonómicos quanto possível, uma vez que se destinam a ser utilizados pelo paciente de forma autónoma, com a ajuda remota do médico.
• Higienização da cabine: para garantir boas condições de higiene, os materiais e os equipamentos da cabine devem ser fáceis de limpar e de desinfetar. Nas cabines de telemedicina, existe geralmente uma bancada de cor clara, desimpedida, sem teclado, rato ou dispositivos médicos em cima. A limpeza do compartimento é assegurada por um sistema de desinfeção automática por UV, e os dispositivos médicos são postos dentro de uma caixa de esterilização.
• Insonorização da cabine: as cabines de telemedicina devem apresentar uma boa insonorização, a fim de garantir a confidencialidade da consulta.
• Sistema de ventilação da cabine: um bom sistema de ventilação é essencial para renovar o ar e proporcionar um ambiente saudável no interior da cabine.

A maioria das cabines de telemedicina destina-se a edifícios e estabelecimentos que recebem público, embora existam modelos projetados especificamente para unidades de saúde.

Edifícios e estabelecimentos que recebem público onde pode ser instalada uma cabine de telemedicina:

• Câmaras municipais;
• Farmácias;
• Empresas;
• Escolas;
• Lojas e hipermercados: por exemplo, vários estabelecimentos comerciais instalaram cabines de telemedicina nos seus espaços, prometendo uma consulta sem marcação em menos de quinze minutos.

Unidades de saúde onde pode ser colocada uma cabine de telemedicina:

• Hospitais;
• Estruturas residenciais para idosos e centros de apoio a idosos;
• Clínicas;
• Centros de saúde, etc.

Há quatro fatores principais que poderão condicionar a compra de uma cabine de telemedicina: o espaço disponível, a necessidade de uma boa ligação à Internet, o preço da cabine e a disponibilidade de médicos.

• Espaço disponível: uma cabine de telemedicina ocupa bastante espaço, sendo, portanto, necessário dispor de um local suficientemente amplo para a instalar.
• Qualidade da ligação à Internet: o acesso à Internet terá de ser excelente para garantir uma videotransmissão fluida e de alta qualidade, assim como a utilização em condições ideais dos equipamentos conectados. Tal pode constituir um problema em certas zonas rurais, onde a velocidade de acesso à Internet é baixa. Ao instalar uma cabine de telemedicina, a escolha do fornecedor de acesso à Internet (ISP) será crucial.
• Preço: dado o elevado preço das cabines de telemedicina, a sua aquisição representa um investimento significativo.
• Disponibilidade de uma rede de médicos: o interesse de uma cabine de telemedicina está dependente da rápida disponibilidade de um médico, de modo que o tempo de espera seja de apenas alguns minutos. Em média, o tempo de espera é de sete minutos, enquanto para uma consulta presencial é de várias dezenas de minutos.