Como escolher uma bomba de infusão

Uma bomba de infusão, ou bomba de perfusão, é um dispositivo médico usado para administrar fluidos, de forma controlada, a um paciente. Esses fluidos podem ser medicamentos ou nutrientes, dependendo das necessidades do paciente. Existem diversos tipos de bombas de infusão, cuja escolha vai depender das situações em que serão utilizadas.

Bombas de infusão: ver produtos

  • Quais os diferentes tipos de bombas de infusão?

    As bombas de infusão podem ser classificadas de acordo com o tipo de controle do fluxo, forma de administração e mobilidade.

    De acordo com o controle de fluxo

    Identificamos dois tipos de bombas de infusão:

    • Bombas de infusão volumétricas: são adequadas para administrar grandes volumes de infusão por um longo período de tempo. Nestas bombas, o controle do fluxo é feito programando o volume de solução por unidade de tempo (ml/h, em geral).
    • Bombas de infusão não volumétricas, ou fluxométricas: são ideais para a administração de pequenos volumes de infusão. Neste caso, o operador irá programar o número de gotas a administrar por unidade de tempo (por exemplo, gotas/min). São, na sua maioria, bombas de seringa, também conhecidas por bombas de perfusão com seringa. Este tipo de bombas de infusão tem a vantagem de oferecer maior precisão.

    O mecanismo de funcionamento destas também varia:

    • Bombas de infusão peristálticas: um conjunto de rolos comprime uma parte do tubo flexível por onde passa a solução, obrigando‑a a fluir. Estas bombas são mais adequadas para administrar grandes volumes de infusão.
    • Bombas de infusão de pistão: o pistão empurra o êmbolo da seringa, que contém a solução.
    • Bombas de infusão osmóticas: este tipo de bomba utiliza a pressão osmótica para administrar soluções a uma taxa constante por períodos de tempo não superiores a quatro semanas.
    • Bombas de infusão elastoméricas: a solução está contida em um balão elástico. É a pressão exercida pelas paredes do balão que causa o movimento do fluido a ser infundido.

    Bomba de infusão volumétrica da Medcaptain

    Bomba de infusão elastomérica da Assut Europe

    Bomba de infusão osmótica da RWD

    De acordo com a forma de administração da infusão

    Podemos distinguir três tipos:

    • Bombas de infusão intermitente: este tipo de bomba é principalmente utilizado para infundir soluções passíveis de causar irritação nos vasos sanguíneos. A administração intermitente permite minorar esses efeitos.
    • Bombas de infusão controladas pelo paciente: são sobretudo utilizadas para o controle da dor. As mais comuns são as bombas de analgesia controladas pelo paciente, também chamadas bombas de ACP ou bombas de PCA (sigla inglesa de Patient-Controlled Analgesia).

    Bomba de ACP da Angel

    Bomba de ACP da CME

    De acordo com a mobilidade

    Existem dois tipos principais:

    • Bombas de infusão ambulatoriais: uma bomba de infusão ambulatorial tem a vantagem de ser leve e portátil, podendo o paciente levá‑la consigo quando se desloca. No entanto, as bombas ambulatoriais não são indicadas para todo o tipo de situações.
    • Bombas de infusão estacionárias: as bombas de infusão estacionárias são usadas para pacientes acamados que não podem se movimentar ou internados por um longo período de tempo. São particularmente adequadas para unidades de cuidados intensivos.
  • Onde são utilizadas as bombas de infusão?

    As bombas de infusão são usadas maioritariamente em ambiente hospitalar para pacientes acamados, à exceção das bombas ambulatórias, destinadas a pessoas que podem se movimentar. As bombas de infusão são utilizadas numa grande variedade de ambientes e serviços, de unidades de cuidados intensivos a clínicas geriátricas. Destacamos aqui os principais:

    • Reanimação / cuidados intensivos;
    • Anestesia;
    • Cirurgia;
    • Medicina interna;
    • Gastroenterologia;
    • Cuidados paliativos (para controle da dor, por exemplo);
    • Emergência médica;
    • Atendimento domiciliar;
    • Clínicas geriátricas.

    A bomba de infusão deve ser operada por um profissional de saúde com treinamento específico para manuseio destes dispositivos. Em geral, é um profissional de enfermagem que será responsável por colocar as infusões no paciente.

  • Que soluções são administradas com uma bomba de infusão?

    São vários os tipos de fármacos e de nutrientes que podem ser administrados a um paciente por meio de uma bomba de infusão.

    Tipos de medicamentos

    Há vários tipos de fármacos que podem ser infundidos:

    Tipos de nutrientes

    As bombas de infusão servem também para administrar vários nutrientes, seja por via parenteral (intravenosa), para substituir ou complementar a ingestão nutricional através do trato gastrointestinal, seja por via enteral (com uma sonda). São frequentemente administrados os seguintes tipos de nutrientes:

    • Soluções de glicose;
    • Soluções de aminoácidos;
    • Soluções de lipídios;
    • Soluções de vitaminas.
  • Quais os requisitos de segurança para o uso de uma bomba de infusão?

    A fim de garantir o uso e funcionamento corretos da bomba de infusão e não pôr em risco a saúde do paciente, é importante respeitar certos requisitos de segurança, nomeadamente:

    • Instalação de alarmes que detectem eventuais problemas no fluxo da infusão ou na regulagem dos parâmetros da bomba;
    • Presença de uma bateria, para funcionamento ininterrupto em caso de falha de energia da rede elétrica;
    • Instalação de um sistema de prevenção de fluxo livre, para evitar a infusão descontrolada da solução;
    • Instalação de um sensor de pressão para detecção de baixas pressões;
    • Instalação de um sensor de bolhas de ar;
    • Instalação de um sensor de gotas.
  • Quais os riscos associados ao uso de uma bomba de infusão?

    O uso de uma bomba de infusão pode acarretar diversos riscos para a saúde do paciente, pelo que estes devem ser levados em conta.

    • Risco de infecção através das linhas venosas;
    • Risco de erros relacionados ao software, particularmente na definição das taxas de infusão;
    • Risco de interrupção na alimentação de energia elétrica, daí a necessidade de uma bateria;
    • Risco de erros de medicação ou de interações medicamentosas;
    • Risco de erro na dosagem do fármaco ao programar a bomba;
    • Risco de erros da parte do paciente, no caso de bombas controladas pelo paciente (bombas ACP);
    • Risco de erros no uso da interface.
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